De onde vem esse mito de que a mulher muito nova ou que nunca teve filhos não pode usar o DIU de cobre?
Muitas mulheres me dizem diariamente que nunca foram esclarecidas sobre o DIU de cobre. Já outras, que ainda não tiveram filhos, afirmam que ouviram de seus ginecologistas a seguinte frase: “você ainda não teve filhos, portanto, não pode usar DIU”; ou ainda: “você ainda é muito jovem para usar DIU”. Essas afirmações NÃO SÃO VERDADEIRAS! A mulher que nunca teve filhos ou que ainda é muito jovem, com vida sexual ativa, pode SIM usar o DIU de cobre! Não sou só eu que afirmo isso, mas a própria literatura científica destinada a médicos e outros profissionais de saúde, das sociedades médicas, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e demais organizações reconhecidas que, após avaliarem centenas de estudos científicos, definiram as regras SEGURAS de uso do DIU a serem seguidas por todos os médicos.
Todas essas dificuldades impostas ao uso do DIU em nulíparas se devem ao medo que os médicos têm de que a mulher com o DIU de cobre possa contrair uma doença ou germe sexualmente transmissível e danificar o útero e trompas, tornando-a estéril. Mas isso pode acontecer com QUALQUER MÉTODO CONTRACEPTIVO, não apenas com DIU.
Pode ocorrer com uso de camisinha que rompeu, pílulas, injetáveis, implantes subdérmicos, anéis vaginais, adesivos. Cabe ao médico orientar sobre como se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis e à mulher e seu parceiro, devidamente orientados, não se arriscarem em relações sexuais desprotegidas, assim como com parceiros desconhecidos. O casal também tem que ter responsabilidade sobre esse tema. O médico não pode se arvorar de ser o responsável pela vida do casal, nem ter medo de processos éticos, penais ou legais por prescrever o DIU caso a mulher venha a contrair uma doença que lhe prejudique a reprodução. O DIU NÃO CAUSA ISSO, a decisão errada de sexo sem proteção e parceiros sexuais que agem com irresponsabilidade e desrespeito com o seu cônjuge ou consigo mesmo sim.
Vulvovaginites recorrentes em usuárias de pílulas!
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia ( FEBRASGO) é representante das associações de Ginecologia e Obstetrícia dos estados brasileiros e é referência científica e