O que causa a obesidade? – Parte 01

A causa depende de vários fatores como:
• Hormonais;
• ambientais,
• comportamentais,
• sociais,
• culturais, entre outros.
A industrialização (com pontos positivos e negativos), transporte mecanizado, urbanização, estilo de vida sedentário, hábitos alimentares com adoção de dietas com alimentos ultra- processados e de alta taxa calórica, sem dúvida, contribuem para o crescimento da obesidade no mundo.
De acordo com a OMS, a estimativa é que, em 2025, em torno de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões, obesos. Além disso, o número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo pode chegar a 75 milhões caso nada seja feito (ABESO, 2016;OMS, 2019).

Obesidade na ginecologia – O que é obesidade?

“A obesidade e o sobrepeso são definidos como o acúmulo excessivo de gordura corporal em um indivíduo para sua altura”. ( Maciel, 2019)

Tradicionalmente o sobrepeso e obesidade são definidos pelo índice de massa corpórea (IMC – peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros), ou seja, IMC= peso em KG/h²

As pessoas com sobrepeso seriam aquelas que apresentam IMC entre 25 e 29,9 kg/m² ; obesidade, aquelas que mostram um IMC ≥ 30 Kg/m²
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) classificam a ADIPOSIDADE em graus ou classes de acordo com a tabela do post ( deslize o post para a esquerda para ver a tabela).
Fonte: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 4a ed. São Paulo: ABESO; 2016.(2)

Convém lembra que essa definição não é única e não possui suas limitações, pois não contempla toda a complexidade dos fatores associados ao excesso de adiposidade, gordura corporal e as suas consequências metabólicas. (Hruby & Hu, 2015)

Atualmente a obesidade mostra-se associada a muitos problemas de saúde como aumento de risco cardiovascular, diabetes mellitus tipo 2, câncer, problemas ortopédicos e ansiedade. Particularmente na saúde feminina, a obesidade mostra forte relação com a síndrome dos ovários policísticos (SOP), infertilidade, anovulação crônica (ausência de ovulação), perda gestacional precoce, problemas obstétricos e câncer de mama e endométrio (parte interna do útero).

De acordo com Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), o ginecologista tem papel importante na identificação de fatores de risco, do diagnóstico de obesidade, seu tratamento e na prevenção de consequências de longo prazo para a saúde da mulher.

Referência bibliográfica:

Maciel GA. Epidemiologia da obesidade e suas implicações sobre a saúde global. In: Obesidade na mulher. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; 2019. Cap. 1, p.1-8. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO; no. 3/Comissão Nacional Especializada em Climatério).
Hruby A, Hu FB. The epidemiology of obesity: a big picture. Pharmacoeconomics. 2015;33(7):673–89.

O papel do intestino no surgimento da síndrome dos ovários poliscísticos (SOP) – Parte 02


O aumento da permeabilidade intestinal resulta em consequentemente endotoxemia metabólica (que é o aumento da circulação sistêmica do LPS – parte da composição de bactérias – que causa inflamação crônica subclínica )e alterações cardiometabólicas.
A inflamação crônica subclínica é estado inflamatório caracterizado por altos níveis circulantes de citocinas inflamatórias, incluindo TNF alfa e IL beta, e aumento da infiltração de macrófagos em tecidos periféricos. É diferente de uma inflamação que percebemos quando temos um ferimento na pele, na verdade pode se tornar imensamente mais grave e berço de inúmeras doenças como diabetes, doenças cardiovasculares (angina, infarto, AVC), hipertensão.
Vamos cuidar do nosso intestino? “Ah, mas, doutor, eu vou ao banheiro todos os dias! Eu não tenho disbiose!” Que bom, mas não significa que você não tenha disbiose. Já as que possuem obstipação intestinal ( intestino preso) podem já apresentar um grau mais avançado de disbiose.
Este é um dos modelos esquemáticos que será explicado com maiores detalhes em nosso curso para profissionais da saúde a ser realizado neste ano !
Procure seu/sua médico (a), principalmente se ele reconhece a importância do (a) nutricionista e educador físico no tratamento da SOP em equipe.

Referência bibliográfica:
Yurtdas & Akdevelioğlu. A New Approach to Polycystic Ovary Syndrome: The Gut Microbiota. J Am Coll Nutr. 2019 Sep 12:1-12. doi: 10.1080/07315724.2019.1657515. [Epub ahead of print]

O papel do intestino no surgimento da síndrome dos ovários poliscísticos (SOP) – Parte 01

Como a síndrome dos ovários policísticos pode se desenvolver, com resistência à insulina, inflamação crônica subclínica e levar à complicações como infertilidade, doenças cardiovasculares e diabetes.O primeiro mecanismo possível é a disbiose da microbiota intestinal (por causa da obesidade, dieta rica em gorduras trans e associadas a carboidratos simples, muitas vezes industrializados) e baixo consumo de fibras que , mediante o aumento da permeabilidade intestinal ( intestino absorve menos elementos com vitaminas e oligoelementos e deixar passar moléculas prejudiciais) ativam o sistema imunológico da mulher com SOP.
A ativação do sistema imunológico interfere na função do receptor de insulina, causando hiperinsulinemia, o que aumenta a produção de andrógeno ovariano e impede o desenvolvimento de folículos normais ( como a testosterona livre em excesso, que impede a mulher de ovular e menstruar, leva à acne e pelos em excesso). Além disso, a inativação inadequada do sistema imunológico pode explicar a maior associação entre mulheres com SOP e tireoidite autoimune como a de Hashimoto.
2. O segundo mecanismo possível é a microbiota intestinal que causa SOP, estimulando a secreção de peptídeos intestinais e cerebrais (grelina, leptina serotonina). Uma disbiose pode contribuir para alterar a quantidade destes peptídeos e levar à queda do bem-estar (alterações do humor, depressão, ansiedade, compulsão alimentar), ao aumento do apetite, queda da energia corporal
3. O terceiro mecanismo possível são os andrógenos (produzidos pelos ovários e glândulas adrenais estimulados pela hyperinsulinemia) que levam ao desenvolvimento de SOP alterando a composição da microbiota intestinal.

Satisfação da mulher com SOP com os cuidados de saúde recebidos – Parte 02

Segundo, Hoyos et al (2020) , são exemplos atuais de ferramentas úteis na ajuda de atualização médica a respeito da SOP:
• Novas diretrizes internacionais publicadas em 2018 para diagnosticar e tratar SOP com o objetivo de melhorar o atendimento clínico de médicos de diversas especialidades (Teede et al, 2018);
• Cursos de educação médica continuada que abordam diretrizes clínicas atualizadas (Zeiger, 2005);
• Melhorar o financiamento governamental com campo da pesquisa em SOP (Brakta et al, 2017).
• Melhora do treinamento clínico voltado à SOP durante os programas de resistência médica em Ginecologia e Obstetrícia.
Referências bibliográficas:
1. Teede HJ, Misso ML, Costello MF, Dokras A, Laven J, Moran L, International PCOS Network. Recommendations from the international evidence-based guideline for the assessment and management of polycystic ovary syndrome. Fertil Steril 2018 Aug;110(3):364-379 [FREE Full text] [doi: 10.1016/j.fertnstert.2018.05.004] [Medline: 30033227]
2. Zeiger RF. Toward continuous medical education. J Gen Intern Med 2005 Jan;20(1):91-94. [doi: 10.1111/j.1525-1497.2004.30049.x] [Medline: 15693934]
3. Brakta S, Lizneva D, Mykhalchenko K, Imam A, Walker W, Diamond MP, et al. Perspectives on polycystic ovary syndrome: is polycystic ovary syndrome research underfunded? J Clin Endocrinol Metab 2017 Dec 1;102(12):4421-4427. [doi: 10.1210/jc.2017-01415] [Medline: 29092064]
4. Hoyos et al. Measures of Patient Dissatisfaction With Health Care in Polycystic Ovary Syndrome: Retrospective Analysis. J Med Internet Res. 2020 Apr 21;22(4):e16541. doi: 10.2196/16541.
5. Gibson-Helm M, Teede H, Dunaif A, Dokras A. Delayed diagnosis and a lack of information associated with dissatisfaction in women with polycystic ovary syndrome. J Clin Endocrinol Metab 2017 Feb 01;102(2):604-612 [FREE Full text] [doi:
Neste estudo, 42,4% (322/759) das entrevistadas procuraram atendimento de um profissional de saúde que não seja aquele que diagnosticou SOP e 60% das mulheres em um estudo anterior procurou mais de um profissional de saúde antes de ser diagnosticado com SOP (Gibson-Helm et al, 2017).

Referências bibliográficas
1. Teede HJ, Misso ML, Costello MF, Dokras A, Laven J, Moran L, International PCOS Network. Recommendations from the international evidence-based guideline for the assessment and management of polycystic ovary syndrome. Fertil Steril 2018 Aug;110(3):364-379 [FREE Full text] [doi: 10.1016/j.fertnstert.2018.05.004] [Medline: 30033227]
2. Zeiger RF. Toward continuous medical education. J Gen Intern Med 2005 Jan;20(1):91-94. [doi: 10.1111/j.1525-1497.2004.30049.x] [Medline: 15693934]
3. Brakta S, Lizneva D, Mykhalchenko K, Imam A, Walker W, Diamond MP, et al. Perspectives on polycystic ovary syndrome: is polycystic ovary syndrome research underfunded? J Clin Endocrinol Metab 2017 Dec 1;102(12):4421-4427. [doi: 10.1210/jc.2017-01415] [Medline: 29092064]
4. Hoyos et al. Measures of Patient Dissatisfaction With Health Care in Polycystic Ovary Syndrome: Retrospective Analysis. J Med Internet Res. 2020 Apr 21;22(4):e16541. doi: 10.2196/16541.
5. Gibson-Helm M, Teede H, Dunaif A, Dokras A. Delayed diagnosis and a lack of information associated with dissatisfaction in women with polycystic ovary syndrome. J Clin Endocrinol Metab 2017 Feb 01;102(2):604-612 [FREE Full text] [doi:

Satisfação da mulher com SOP com os cuidados de saúde recebidos – Parte 01

De acordo com Hoyos et al (2020) em seu inovador estudo, há -atualmente- uma insatisfação entre as mulheres com respeito aos cuidados de saúde prestados às mulheres com SOP. Insatisfação significativa avaliada principalmente pelo crescimento da busca por informações sobre a síndrome na WEB. Os autores defendem que obstetras e ginecologistas precisam manter-se a par dos recentes avanços no campo da SOP.

A pesquisa demonstrou que entre as participantes deste estudo sobre SOP:
• 70% do diagnóstico foram feitos por ginecologistas e obstetras;
• 42% mostraram-se insatisfeitas, no momento do seu diagnóstico, sobre a explicação da causa deste transtorno
• 51% Mostraram-se insatisfeitas, no momento do seu diagnóstico, sobre as opções de tratamento para gerenciamento de sintomas da síndrome;
• 57% mostraram-se insatisfeitas com os cuidados médicos atuais para este transtorno.

Neste estudo, 42,4% (322/759) das entrevistadas procuraram atendimento de um profissional de saúde que não seja aquele que diagnosticou SOP e 60% das mulheres em um estudo anterior procurou mais de um profissional de saúde antes de ser diagnosticado com SOP (Gibson-Helm et al, 2017).

Referências bibliográficas
1. Teede HJ, Misso ML, Costello MF, Dokras A, Laven J, Moran L, International PCOS Network. Recommendations from the international evidence-based guideline for the assessment and management of polycystic ovary syndrome. Fertil Steril 2018 Aug;110(3):364-379 [FREE Full text] [doi: 10.1016/j.fertnstert.2018.05.004] [Medline: 30033227]
2. Zeiger RF. Toward continuous medical education. J Gen Intern Med 2005 Jan;20(1):91-94. [doi: 10.1111/j.1525-1497.2004.30049.x] [Medline: 15693934]
3. Brakta S, Lizneva D, Mykhalchenko K, Imam A, Walker W, Diamond MP, et al. Perspectives on polycystic ovary syndrome: is polycystic ovary syndrome research underfunded? J Clin Endocrinol Metab 2017 Dec 1;102(12):4421-4427. [doi: 10.1210/jc.2017-01415] [Medline: 29092064]
4. Hoyos et al. Measures of Patient Dissatisfaction With Health Care in Polycystic Ovary Syndrome: Retrospective Analysis. J Med Internet Res. 2020 Apr 21;22(4):e16541. doi: 10.2196/16541.
5. Gibson-Helm M, Teede H, Dunaif A, Dokras A. Delayed diagnosis and a lack of information associated with dissatisfaction in women with polycystic ovary syndrome. J Clin Endocrinol Metab 2017 Feb 01;102(2):604-612 [FREE Full text] [doi:

O que se pergunta mais sobre SOP na internet? – Parte 02

O que as mulheres perguntaram mais no Google sobre SOP ?
As 10 principais perguntas on-line, feitas por mulheres com SOP , relacionadas à síndrome dos ovários policísticos, evidenciadas pelo estudo foram:
O que é síndrome do ovário policístico (SOP)?
Como engravidar com SOP?
Como perder peso com SOP?
O que causa o PCOS?
Como tratar a SOP?
Como o PCOS é diagnosticado?
O que a metformina faz para o PCOS?
O PCOS pode ser curado?
PCOS pode ir embora?
Quais são os sintomas da SOP?

Tais fatos nos levam a pensar: será que nós médicos não temos que rever as informações e a assistência prestadas à mulher com suspeita ou com SOP, no mínimo, em relação ao seu diagnóstico, tratamento tradicional e alternativas de tratamento atualmente ?

Referência bibliográfica:
1. Hoyos et al. Measures of Patient Dissatisfaction With Health Care in Polycystic Ovary Syndrome: Retrospective Analysis. J Med Internet Res. 2020 Apr 21;22(4):e16541. doi: 10.2196/16541.

O que se pergunta mais sobre SOP na internet? – Parte 01

Hoyos et al (2020) em seu estudo, usando o Google Trends e a ferramenta de SEO StoryBase (SEO.dk), descobriram que durante o período de 2004 à 2017 houve um aumento significativo na internet no volume de pesquisas, por parte de mulheres, com o objetivo de saber mais sobre a SOP.
O que poderia ter influenciado a mulher a procurar, cada vez mais, informações sobre esta síndrome não nos consultórios médicos, mas sim na web?
De acordo com Hoyos et al (2020), em seu estudo, grande parte dos médicos não têm conhecimento sobre importantes avanços científicos que auxiliam na compreensão da reprodução, alterações metabólicas e psicológicas associadas à SOP. Além disso, Em todo o mundo, mais de um terço das mulheres consulta-se com três médicos diferentes em um intervalo de 2 anos antes de conseguir descobrir que possui realmente SOP (Cree-Green, 2017). Como consequência, talvez, isso contribua para que mulheres com SOP se tornem insatisfeitas com profissionais de saúde em relação ao diagnóstico e o tratamento inicial da SOP (Cree-Green, 2017;Gibson-Helm, 2017).
Hoyos et al ( 2020), aproveitaram a significante base de dados do Google Trends para identificar quais temas estão sendo pesquisados no momento e desde 2004.
Quais suas experiências em relação a isso?

Referências bibliográficas

1.Jalilian et al. Prevalence of polycystic ovary syndrome and its associated complications in Iranian women: A meta-analysis. Iran J Reprod Med. 2015 Oct; 13(10): 591–604.
2.Rosa-e-Silva AC. Conceito, epidemiologia e fisiopatologia aplicada à prática clinica. In: Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. Cap. 1.p.1-15. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina)
3.http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-leiomioma-de-utero-livro-2013.pdf

A procura sobre SOP na internet – Parte 02


Hoyos et al ( 2020) em seu estudo, usando o Google Trends e a ferramenta de SEO StoryBase (SEO.dk), descobriram que durante todo o período do estudo, houve um aumento significativo no volume absoluto mensal de pesquisas relacionadas à SOP, mas o interesse não aumentou em relação aos miomas.

O gráfico do post de ontem foi identificado em um estudo conduzido pela Universidade da California, cujo resultado saiu agora em 2020. Ele mostra que o interesse das mulheres sobre a síndrome dos ovários policísticos superou aquele sobre miomas, durante a avaliação entre 2004 e 2017). E você, o que mais pesquisa sobre SOP?

Referências bibliográficas

1.Jalilian et al. Prevalence of polycystic ovary syndrome and its associated complications in Iranian women: A meta-analysis. Iran J Reprod Med. 2015 Oct; 13(10): 591–604.
2.Rosa-e-Silva AC. Conceito, epidemiologia e fisiopatologia aplicada à prática clinica. In: Síndrome dos ovários policísticos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. Cap. 1.p.1-15. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.4, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina)
3.http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-leiomioma-de-utero-livro-2013.pdf
4.Baird DD, Dunson DB, Hill MC, Cousins D, Schectman JM. High cumulative incidence of uterine leiomyoma in black and white women: ultrasound evidence. Am J Obstet Gynecol 2003 Jan;188(1):100-107. [doi: 10.1067/mob.2003.99] [Medline: 12548202]
5.Hoyos et al. Measures of Patient Dissatisfaction With Health Care in Polycystic Ovary Syndrome: Retrospective Analysis. J Med Internet Res. 2020 Apr 21;22(4):e16541. doi: 10.2196/16541.

A procura sobre SOP na internet – Parte 01

A SOP pode acometer de 6,8% a 19,5% das mulheres em idade fértil, respectivamente, quando se utilizam os critérios diagnósticos do National Institute of Healthy ( NIH) e o de Rotterdam.

De acordo com Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia ( FEBRASGO), esta prevalência também não difere muito e fica entre 6% e 16% das mulheres em idade fértil (Rosa-e-Silva, 2018)
A prevalência de miomas varia de 70% a 80 % das mulheres com 50 anos ( Baird et al, 2003) e variar amplamente de 5 % a 80 % de acordo com o método diagnóstico empregado ( Mengarda et al, 2013).

Nota-se que tanto a SOP quanto os leiomiomas ou miomas são frequentes entre as mulheres . É de se esperar que mulheres com diagnóstico de alguma destas alterações ginecológicas procure informações sobre causas, diagnóstico, repercussões na sua saúde e tratamento de melhor forma que lhe convier.

A procura excessiva na internet, por parte de pacientes com SOP, como redes sociais e no próprio Google , pode significar descontentamento crescente a respeito das informações sobre causas, diagnóstico, complicações e outras condutas de tratamento que, talvez, não estejamos fornecendo adequadamente às nossas pacientes.

Vejam o post ! A procura por informações sobre SOP só vem crescendo na internet. Hoje as mulheres se interessam mais por informações a respeito de SOP do que miomas !

Será que nós médicos estamos motivando às mulheres a procurarem informações sobre o problema fora do consultório? Será que estamos a par dos novos avanços no campo da SOP ? Será que estamos repassando essas informações para nossas pacientes, de modo que possam opinar e decidir, juntamente com o médico, a melhor condução para o seu caso ? ⠀

Hoyos et al. Measures of Patient Dissatisfaction With Health Care in Polycystic Ovary Syndrome: Retrospective Analysis. J Med Internet Res. 2020 Apr 21;22(4):e16541. doi: 10.2196/16541 ⠀