Quarenta e três pacientes com sobrepeso/obesidade e síndrome dos ovários policísticos (SOP) foram tratadas durante 6 meses com:
Grupo 1: apenas dieta;
Grupo 2: recebeu mio-inositol (MI) 4 g + ácido fólico 400 µg por dia;
Grupo 3: recebeu dieta em associação com MI 1,1 g + D-chiro- inositol (DCI) 27,6 mg + ácido fólico 400 µg por dia.
Os 2 “tipos” de inositol mais estudados são o Mio e o D-chiro-inositol. O mio transforma-se em D-chiro para agir no corpo.
A mulher com SOP perde mais inositol pela urina do que não tem esse transtorno. O inositol é importante para a produção e ação correta de uma enzima chamada PIK3. Esta é responsável pela ação normal da insulina e assim garantir que não haja resistência à insulina.
Portanto, quando a mulher com SOP recebe inositol, aumenta a produção ou melhora a ação desta enzima.
O corpo da mulher possui uma proporção natural de 40 de mio-inositol para 1 de D-chiro-inositol (notaram a dose do estudo: 1100 mg de mio-inositol: 27,6 de D-chiro-inositol ? Então, 40:1!).
O que o estudo encontrou?
Que o grupo de Mio-inositol + D-Chiro-inositol associado à dieta parece acelerar a perda de peso e a redução da massa gorda com um discreto aumento da massa magra percentual, e esse tratamento contribui significativamente para restaurar a regularidade do ciclo menstrual.
O mio-inositol e o D-chiro inositol são exemplos de sensibilizadores da insulina naturais e que podem ser usados para o tratamento não hormonal inicial da SOP, substituir a metformina ou a ela se associar.
Referência bibliográfica:
Full text
Le Donne et al. Effects of three treatment modalities (diet, myoinositol or myoinositol associated with D-chiro-inositol) on clinical and body composition outcomes in women with polycystic ovary syndrome.Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2019.

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