A Médica, Professora, Vice-Presidente de Atenção Primária das Mulheres do Departamento de Medicina da Jefferson University, Katherine Sherif, acha que a síndrome dos ovários policísticos (SOP) têm de mudar de nome e passar a se chamar de: SÍNDROME REPRODUTIVA METABÓLICA.
Por que isso?
De acordo com ela:
- Há escassez de financiamentos para pesquisadores da SOP;
- Há falta de diagnóstico precoce e tratamento agressivo para SOP;
- É Comum se deparar com uma mulher com SOP e ela já poder ter desenvolvido esteatose hepática (fígado gorduroso, fator de risco para doenças cardiovasculares), hipertrigliceridemia e diabetes;
- É comum as mulheres com SOP receberem a seguinte mensagem de seus médicos: “Use pílula anticoncepcional e volte quando quiser engravidar.” Aliás, ao meu ver, atitude muito comum também no Brasil;
- Há uma falta generalizada de conhecimento sobre problemas metabólicos da SOP, que decorre de um problema sistêmico na cultura médica: a separação da saúde reprodutiva da mulher de outros campos da Medicina e da noção que os hormônios sexuais só afetam órgãos reprodutivos e não outras partes do corpo;
- O nome Síndrome dos Ovários Policísticos fazia sentido antes de entender a RESISTÊNCIA INSULÍNICA;
- Ajuda os médicos a reconhecer que a SOP possui um risco metabólico significativo.
Faz-se assim, uma clara referência de que o médico tem de reconhecer que a SOP é uma entidade que não abrange apenas a fisiologia reprodutiva , mas metabólica também. Conclui-se que usar anticoncepcionais orais podem até regularizar menstruações e limpar a pele, mas não é uma boa opção para tratar a resistência insulínica, causadora de diabetes, doenças cardiovasculares e complicações gravídicas em mulheres com SOP.
Referência: https://www.healio.com/endocrinology/reproduction-androgen-disorders/news/online/%7B5203193f-8ab8-44f3-9f1e-111a565cac62%7D/metabolic-reproductive-syndrome-proposed-as-new-name-for-pcos