Você está satisfeita com as informações e o tratamento que recebe sobre SOP? – Parte 02

Em todo o mundo, mais de um terço das mulheres consulta-se com três médicos diferentes em um intervalo de 2 anos antes de conseguir descobrir que possui realmente SOP (Cree-Green,, 2017). Como consequência, talvez, isso contribua para que mulheres com SOP se tornem insatisfeitas com profissionais de saúde em relação ao diagnóstico e o tratamento inicial da SOP (Cree-Green, 2017;Gibson-Helm, 2017) e decidam por buscar informações sobre perda de peso, menstruação irregular, infertilidade e crescimento excessivo de pElos através de fontes alternativas (Humphreys & Costarelli,2015; Gibson-Helm, 2017)

A Universidade da Califórnia, Los Ângeles (UCLA) , diante desta situação, passou a organizar eventos educacionais como o Simpósio de conscientização SOP. O Objetivo é de fornecer ao público em geral, uma educação atualizada sobre o diagnóstico e gerenciamento desta síndrome e encarando este público de mulheres como prioritário em saúde (PCOS-Challenge,2015).

De acordo com Hoyos et al (2020), o problema evidencia as responsabilidades das instituições de ensino quanto à informação, formação de médicos capacitados para o cuidado com estas mulheres e, por parte das agências governamentais, apoio suficiente à investigação científica por meios de pesquisas em SOP.

É perceptível para todos que, atualmente, há uma grande interação entre o público e mecanismos de pesquisas em saúde, como o google, através de perguntas e respostas. Além disso, a aquisição de medicamentos e informações através da Internet afetaram a relação médico-paciente, permitindo que informações, sejam elas corretas ou não, tornem -se acessíveis aos pacientes e mudem a perspectiva de seus cuidados de saúde.

Referências bibliográficas:
4. Gibson-Helm M, Teede H, Dunaif A, Dokras A. Delayed diagnosis and a lack of information associated with dissatisfaction in women with polycystic ovary syndrome. J Clin Endocrinol Metab 2017 Feb 01;102(2):604-612 [FREE Full text] [doi: 10.1210/jc.2016-2963]