Endometriose e o Estresse Oxidativo

A endometriose é uma das doenças ginecológicas mais comuns em mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. As mulheres afetadas sofrem de dor pélvica e infertilidade. A etiologia complexa ainda não está clara e baseia-se em três teorias principais: menstruação retrógrada, metaplasia celômica e teoria da indução.

Genética e epigenética também desempenham um papel no desenvolvimento da endometriose. Estudos recentes têm chamado a atenção para o papel do estresseoxidativo (desequilíbrio entre espécies reativas de oxigênio (ROS) e antioxidantes. ROS são intermediários produzidos pelo metabolismo normal do oxigênio e são mediadores inflamatórios conhecidos por modularem a proliferação celular e por terem efeitos negativos na saúde) que pode associar-se à fisiopatologia da endometriose e causar uma resposta inflamatória geral na cavidade peritoneal. Este estudo de revisão sistemática mostra resultados que de fato falam a favor da ação do estresse oxidativo e seu papel no desenvolvimento da endometriose.

As ROS têm um papel importante na modulação de muitas funções fisiológicas, endometriose e infertilidade.⠀
O estresse oxidativo ocorre quando esse equilíbrio entre a produção de ROS e a defesa antioxidante é quebrado e pode ser devido à proteção inadequada de antioxidantes (nosso sistema antirredox falhou) ou à produção excessiva de ROS.⠀

Várias linhas de evidência apoiam o papel do estresse oxidativo no desenvolvimento e progressão da endometriose (Langendonckt et al , 2002; Agarwal et al, 2005; agarwal et al 2012;Lousse et al, 2012; Harlev et al,2015).⠀

Seguindo essa linha de pensamento diversos estudos envolvendo antioxidantes (como o Pinnus Pinaster, resveratrol, melatonina, ômega3, vitaminaD) demonstram resultados positivos crescentes no tratamento da endometriose, pode ser útil em melhorar os resultados dos tratamentos convencionais mais conhecidos