A médica endocrinologista, Evanthia Diamanti-Kandarakis,PHD, professora de Endocrinologia e Metabologia e Chefe do Terceiro Departamento da Escola de Medicina Interna de Atenas (uma das maiores autoridades em síndrome dos ovários policísticos – SOP- no mundo) tem uma opinião diferente sobre o uso dos anticoncepcionais orais para tratamento da SOP.⠀
De acordo com Diamanti-Kandarakis et al (2003), os anticoncepcionais orais hormonais apresentam benefícios em diversos tratamentos, mas podem:
🔴 Piorar a resistência à insulina;⠀
🔴 Aumentar o risco de diabetes mellitus tipo 2 por induzir a intolerância à glicose;⠀
🔴 Elevar os níveis de triglicérides e risco cardiovascular devido às ações sobre a coagulabilidade sanguínea e reatividade vascular.⠀
Só lembrado que a SOP:⠀
🚨 Possui como principal fator fisiopatológico a insulina alterada! Tudo que venha a aumentá-la pode contribuir para o desencadeamento de SOP. ⠀
🚨 Está associada às doenças cardiovasculares, Síndrome metabólica,
Diabetes mellitus, reatividade vascular, maiores chances de abortamentos, etc.⠀
Será que não estará na hora de investir em outra forma de tratar a SOP e deixar os anticoncepcionais um pouco de lado? Será que todo médico é obrigado sempre a seguir as recomendações de um grupo de profissionais (ou determinada sociedade médica) ou ele tem o direito de usar evidências científicas para discordar? Você prefere ser conformista e fazer algo somente porque a maioria faz, mesmo que você não concorde, ou melhor ainda, tenha indícios de que não seja o melhor para seu paciente?⠀
Que tal investir menos em medidas hormonais sintéticas como anticoncepcionais hormonais e mais em medidas como:⠀
🔵 Medidas não hormonais de reequilíbrio dos níveis de insulina como metiformina, ácido alfa-lipoico, Inositol, N-acetilcisteína (NAC);⠀
🔵 Reeducação alimentar e uso de suplementos naturais bem conduzidos;⠀
🔵 Exercício físico personalizado;⠀
🔵 Gerenciamento do estresse;⠀
🔵 Reequilíbrio hormonal bem conduzido por profissional habilitado.⠀