É uma doença ginecológica, às vezes confundida com ENDOMETRIOSE, caracterizada por ocorrer mais frequentemente em mulheres que já tiveram 2 filhos ou mais, abortaram alguma vez, com IMC elevado, usaram contraceptivos hormonais, sofreram alguma cirurgia sobre o útero como cesáreas, curetagens ou retirada de miomas. Provoca aumento no volume do útero (na maioria dos casos), dor menstrual intensa e sangramento fora do período menstrual ou menstruação abundante e/ou com aumento dos números dos dias menstruais. A ultrassonografia pode mostrar cistos ou padrão diferente (heterogêneo) do miométrio (parede muscular do útero).
A ressonância nuclear magnética tem uma acurácia maior no diagnóstico.
O tratamento definitivo é realizado somente através da retirada do útero.
Entretanto, em alguns casos, principalmente quando a mulher se encontra próximo à menopausa, medidas como: DIU hormonal , progestogênios (anticoncepcionais) e histeroscopia cirúrgica (tipo de cirurgia que preserva o útero, ou seja, sem a necessidade de retirá-lo cirurgicamente) podem ter sucesso, pois uma vez chegando à menopausa, a doença regride.
Atualmente, a gestrinona por via vaginal ou através de implantes ( subcutâneos, ou seja, abaixo da pele) é uma opção medicamentosa.Algumas vezes, o médico esquece que esta doença existe e atribui o sangramento genital persistente às alterações hormonais ou outras doenças. Protelação que leva à perda da qualidade de vida e muito sofrimento até que se suspeite de ADENOMIOSE e se decida por um tratamento que devolva a qualidade de vida à mulher.
Referências bibliográficas:
Cabral Junior et al .Validade dos métodos clínico e ecográfico para o diagnóstico de ADENOMIOSE. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, vol 24 n 9, 2002; Yamanaka et al. Progesterone and synthetic progestin, dienogest, induce apoptosis of human primary cultures of adenomyotic estromal cells. Eur J Obstet gynecol Reprod Biol. 2014