Leiomioma (ou mioma) é o tumor pélvico sólido mais frequente do trato genital feminino. É um tumor benigno e sua malignização, se houver, é extremamente rara.
Ainda não se conhece precisamente o que o provoca. É mais frequente em mulheres negras e acima de 40 anos.
75% dos casos são assintomáticos! Ou seja, não precisaremos fazer nada para a grande maioria, somente vigiá-los periodicamente! Pode localizar-se no corpo do útero:
🚩 mais externamente (chamado subseroso, que quando volumoso pode comprimir até os outros órgãos abdominais);
🚩 entre a parte externa e interna do útero (o intramural, que causa sangramento e dor menstrual);
🚩 parte interna do útero (os submucosos, que associam-se a sangramentos irregulares e à infertilidade).
Imaginem um côco (representando o útero): aderido à sua parte externa estaria o mioma subseroso, penetrando na casca do coco , o intramural, e aparecendo dentro do coco, o submucoso.
Sintomas e sinais como: hemorragia genital, dor menstrual, dor pélvica crônica, dispareunia (dor no ato sexual), aumento do volume abdominal e infertilidade dependem da localização e do volume do (s) mioma(s). A maioria das mulheres sintomáticas se tornam assintomáticas após a menopausa, pela ausência da menstruação e devido à regressão dos miomas! Daí vem a grande importância do uso criterioso de anticoncepcionais hormonais, tratando hemorragias e dores pélvicas, evitando submeter a mulher às cirurgias e seus riscos (anestésicos, hemorrágicos, infecciosos).
O diagnóstico se baseia na história clínica (sinais e sintomas), no toque vaginal bimanual e ultra-sonografia.
Fontes:
1. Corleta HVE et al. Tratamento atual dos miomas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. Vol 29 n 6 Rio de Janeiro , June 2007;
2. Leiomioma uterino. Manual de Orientação. FEBRASGO. São Paulo. 2004.