DIU de cobre logo após o parto ou abortamento, pode?

Sabia que você pode fazer uso do DIU de cobre logo após o parto ou abortamento?
Sim, é verdade!
🎯 A mulher pode receber o DIU de cobre até 48 horas após o parto normal ou cesárea, contanto que não haja infecção!
🎯 Após este período de 48h pós-parto, é conveniente a colocação do DIU somente após 4 semanas (risco maior de expulsão se inserido após 48h e antes de 4 semanas após o parto)
🎯 Quanto mais cedo se coloca o DIU após o parto, menor a chance de sua expulsão.
👍🏼 Portanto, o melhor momento da inserção do DIU de cobre é logo após a saída da placenta.
🎯 A mulher pode receber o DIU de cobre após abortamento também, contanto que não haja infecção.

O DIU hormonal (Mirena) poderá ser inserido também após o parto? 🚨 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), NÃO! NÃO PODE!
Estudos avaliados pela OMS mostram que o DIU hormonal, inserido após o parto e ao longo de 4 semanas após ele, pode reduzir o tempo de aleitamento e, assim, prejudicar este período, momento extremamente importante para a saúde e desenvolvimento do recém-nascido.

Referência bibliográfica: MEDICAL ELIGIBILITY CRITERIA FOR CONTRACEPTIVE USE. A WHO FAMILY PLANNING CORNERSTONE. FIFTH ( 5ª) EDITION, 2015.

Candidíase vaginal e hábitos que você nem imagina

Você é daquelas mulheres que sofrem de candidíase vaginal de repetição?
Sim, aquele tipo de corrimento branco leitoso, semelhante a leite talhado, acompanhado de muita coceira vaginal externa, vermelhidão, ardência ao urinar e grande incômodo no ato sexual!
Tratamento após tratamento, ginecologista após ginecologista e você não se livra desta “aporrinhação”?
Melhora após tratamento com creme vaginal e cápsulas, mas após uma breve pausa de sintomas, volta tudo novamente?
Bem, seu ginecologista recomendou ingerir menos açúcar refinado, evitar umidade constante na área do períneo provocada pelo uso de roupas quentes e apertadas, absorventes e protetores diários? Recomendou usar tecidos mais leves como calças de viscose, linho, vestidos e evitar jeans? Sim? Parabéns para ele(a). Mas, também recomendou PARAR O SEU ANTICONCEPCIONAL HORMONAL? Não? Que pena. Sim, isso mesmo! A causa pode ser seu anticoncepcional. Portanto, se você já mudou a alimentação, passou a usar roupas mais leves, usa até probióticos, melhorou o estilo de vida, mas não largou o anticoncepcional. Desculpe-me, mas você ainda continuará a sofrer com a candidíase vaginal de repetição!

ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS PODEM PROVOCAR CANDIDÍASE VAGINAL DE REPETIÇÃO!

Esta informação está na bula destes medicamentos e dezenas de estudos científicos sobre o tema.
Há a necessidade de investigação e tratamento da síndrome fúngica, identificação de intolerâncias alimentares mesmo dentro de uma dieta bem elaborada, identificação e afastamentos de outros fatores desencadeantes, medicamentos ,uso de fitoterápicos, probióticos, prébióticos e antioxidantes , se necessário.

Devo receber terapia hormonal na menopausa?

Muitas mulheres me perguntam todos os dias se devem ou podem receber terapia hormonal (TH) na menopausa. Acredito, sem um pingo de dúvida, que SIM! Elas não apenas podem como DEVEM receber a TH na menopausa. Claro, sempre se levando em conta – antes de uma TH – as suas contra-indicações!

Além disso, não apenas eu, como outros médicos e algumas sociedades médicas em todo o mundo concordam com isso. Ginecologistas de diversos países foram entrevistados sobre se a mulher deveria se submeter a tratamento hormonal na menopausa.

Sabe qual foi o resultado?

👉 90% acreditavam que os benefícios superam os riscos em mulheres com indicação adequada ao tratamento.
Apesar disso, muitos médicos, por temerem trazer prejuízo às pacientes, não prescrevem a TH para elas, o que é uma grande pena!

Referência bibliográfica: Hess et al. Pharmacologic treatment options for menopausal symptoms . The Female Patient. Maio , 2009.

Nunca teve filhos? Também pode usar o DIU de cobre!

De onde vem esse mito de que a mulher muito nova ou que nunca teve filhos não pode usar o DIU de cobre?

Muitas mulheres me dizem diariamente que nunca foram esclarecidas sobre o DIU de cobre. Já outras, que ainda não tiveram filhos, afirmam que ouviram de seus ginecologistas a seguinte frase: “você ainda não teve filhos, portanto, não pode usar DIU”; ou ainda: “você ainda é muito jovem para usar DIU”. Essas afirmações NÃO SÃO VERDADEIRAS! A mulher que nunca teve filhos ou que ainda é muito jovem, com vida sexual ativa, pode SIM usar o DIU de cobre! Não sou só eu que afirmo isso, mas a própria literatura científica destinada a médicos e outros profissionais de saúde, das sociedades médicas, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e demais organizações reconhecidas que, após avaliarem centenas de estudos científicos, definiram as regras SEGURAS de uso do DIU a serem seguidas por todos os médicos.

Todas essas dificuldades impostas ao uso do DIU em nulíparas se devem ao medo que os médicos têm de que a mulher com o DIU de cobre possa contrair uma doença ou germe sexualmente transmissível e danificar o útero e trompas, tornando-a estéril. Mas isso pode acontecer com QUALQUER MÉTODO CONTRACEPTIVO, não apenas com DIU.

Pode ocorrer com uso de camisinha que rompeu, pílulas, injetáveis, implantes subdérmicos, anéis vaginais, adesivos. Cabe ao médico orientar sobre como se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis e à mulher e seu parceiro, devidamente orientados, não se arriscarem em relações sexuais desprotegidas, assim como com parceiros desconhecidos. O casal também tem que ter responsabilidade sobre esse tema. O médico não pode se arvorar de ser o responsável pela vida do casal, nem ter medo de processos éticos, penais ou legais por prescrever o DIU caso a mulher venha a contrair uma doença que lhe prejudique a reprodução. O DIU NÃO CAUSA ISSO, a decisão errada de sexo sem proteção e parceiros sexuais que agem com irresponsabilidade e desrespeito com o seu cônjuge ou consigo mesmo sim.

Bisfenol A (BPA) X Endometriose

O bisfenol A (BPA ) é um desregulador endócrino que se assemelha tanto com o hormônio feminino (estradiol ), quanto com o da tireoide.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), “estudos sugerem que, ao entrar em contato com o organismo humano, principalmente durante a vida intrauterina, a substância pode afetar o sistema endócrino, aumentando ou diminuindo a ação de hormôniosnaturalmente produzidos pelo corpo humano, trazendo danos à saúde, como infertilidade, modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos, endometriose e câncer.”

Como diminuir o contato com o BPA?

1- Use mamadeiras e utensílios de vidro ou BPA free para os bebês;
2- Jamais esquente no microondas bebidas e alimentos acondicionados no plástico. O bisfenol A é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido;
3 – Evite levar ao freezer alimentos e bebidas acondicionadas no plástico. A liberação do composto também é mais intenso quando há um resfriamento do plástico;
4 – Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina epóxi no revestimento interno das latas;
5 – Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos;
6 – Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças;
7 – Caso utilize embalagens plásticas para acondicionar alimentos ou bebidas, evite aquelas que tenham os símbolos de reciclagem com os números 3 e 7 no seu interior e na parte posterior das embalagens. Eles indicam que a embalagem contém ou pode conter o BPA na sua composição.

Referência bibliográfica: https://www.endocrino.org.br/bisfenol/