“Quase metade das mulheres com câncer endometrial (parte interna do útero) ou hiperplasia endometrial (aumento da espessura do revestimento interno do útero que aumenta o risco) não sabe que a obesidade influencia o seu risco de câncer.”
Este é o título de um estudo de 2015 que apontou o desconhecimento de muitas mulheres sobre o assunto nos EUA. O câncer de endométrio é um dos tipos mais comuns nesse país, onde a população de obesos é muito grande, e o Brasil está no mesmo caminho.
Sua incidência é maior em mulheres na perimenopausa (próximo da menopausa) e pós-menopausa e associa-se a mulheres com: OBESIDADE, diabetes mellitus, hipertensão arterial, menstruação precoce, menopausa tardia.
Acredita-se que o adenocarcinoma endometrial seja decorrente da ação estrogênica excessiva conforme encontrado, por exemplo, na Síndrome dos Ovários policísticos (SOP). Seu sinal mais precoce é sangramento vaginal anormal de origem intra uterina e, para investigar, O exame de ultrassonografia transvaginal seguido de biópsia do endométrio (revestimento interno do útero) é muito útil!
Obesidade não é sinônimo apenas de desconforto com sua aparência, mas um importante fator de risco para muitos tipos de câncer inclusive a hiperplasia e câncer endometrial, que podem ser evitados caso o excesso de peso seja controlado.
É preciso mudar seus hábitos de estilo de vida e procurar assistência capacitada multiprofissional que envolva médico, nutricionista e educador físico.
Referências:
Beavis et al. Almost half of women with endometrial cancer or hyperplasia do not know that obesity affect their cancer risk. Gynecologic Oncology Report. 13 (2015).72-75;
2.Cairo, Urbam, Simões.Carcinoma Endometrial. Diagnóstico.Diretrizes Clínicas na Saúde Suplementar. AMB/ANS.2011