Resistência insulínica nas diversas fases da vida

A resistência insulínica (RI) é o estado no qual quantidades de insulina maiores do que o normal são necessárias para provocar uma resposta quantitativamente normal (Berson &Yalow,1970).

Há fases do desenvolvimento e da vida humana onde a ocorrência da RI é fisiológica e transitória. Por exemplo:

Na puberdade, a RI associa-se: ao aumento dos hormônios esteroides sexuais e hormônio do crescimento (responsáveis pelos desenvolvimentos dos caracteres sexuais secundários como: crescimentos das mamas, alargamento da bacia, pelos pubianos e axilares, menstruação, acúmulo de gordura nas nádegas, quadris e coxas);

Na gestação, a RI é menor, ou seja, a sensibilidade à insulina é maior no primeiro trimestre, resultando em menores níveis de glicose nesta época. Nos 2º e 3º trimestres a RI aumenta, com o objetivo de fornecer nutrientes em quantidade suficiente para o feto se desenvolver;

No envelhecimento das mulheres adultas ocorre o aumento da RI devido à ocorrência da diminuição da atividade física, à presença da sarcopenia (perda patológica de músculo) e à REDUÇÃO DA FUNÇÃO MITOCONDRIAL (a usina de energia das células do corpo).

É importante dizer que, dependendo do tipo de alimentação (por exemplo, rica em alimentos industrializados e/ou com excesso de carboidratos), sedentarismo, estresse sem gerenciamento, não dormir de forma revigorante, usar drogas ilícitas, e lícitas como fumo e exageradamente álcool), podemos mudar nossa história para pior e justamente nestas fases fazer eclodir ou predispor a uma RI definitiva e suas consequências como SOP, obesidade, diabetes, hipertensão, abortamentos, etc.

Referência bibliográfica: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018