Anticoncepção – Vulvovaginites recorrentes em  usuárias de pílula

A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) é representante das associações de Ginecologia e Obstetrícia dos estados brasileiros e é referência científica e profissional em saúde da mulher. “Tem o propósito de Organizar e divulgar conhecimento em ginecologia e obstetrícia, para qualificar a atenção à saúde da mulher.” Além disso, promove a “educação e atualização através de informações confiáveis e diretrizes” …
A FEBRASGO esclarece em seu site que a vulvovaginite recorrente (VVR), como a candidíase vaginal, é conceituada como a ocorrência de quatro ou mais episódios de infecções genitais, devidamente diagnosticadas e tratadas, no período de um ano.
Segundo a FEBRASGO, são fatores, que alteram a microbiota (população de bactérias) da vagina predispondo à candidíase vaginal: diabetes mellitus, a corticoterapia, o uso de antibióticos e os contraceptivos orais.
De acordo com esta entidade científica, estudos mostraram aumento no risco de VVR, como a candidíase, em usuárias de contraceptivos orais combinados (COC) contendo doses de etinilestradiol acima de 35 mcg, independentemente do progestagênio associado.
Quando se fala em anticoncepcionais orais, “O estrogênio possui proteína de ligação (EBP – estrogen binding protein) em agentes fúngicos, particularmente na candida albicans, podendo ser responsável pelo ambiente favorável ao crescimento do fungo.”
Entretanto, parece que “não só o estrogênio, mas também o progestagênio isolado, pode ter influência negativa sobre a VVR.“

De acordo com a FEBRASGO: 👉 “Estudos mostram que, em mulheres com episódios comprovados de candidíase recorrente, a suspensão temporária do uso da pílula combinada promoveu menor número de recorrências, em comparação as mulheres que não suspenderam o contraceptivo. “
“A suspensãor temporária da pílula, mesmo com as menores doses estrogênicas, permite avaliar a sensibilidade individual a esse fator predisponente da VVR. “
“Caso na reintrodução do contraceptivo os episódios de candidíase retornem, a troca do método seria mais adequada. Caso contrário, poderia ser mantido o COC.”
Referência bibliográfica:
https://www.febrasgo.org.br/noticias/item/222-antico