Sabemos que a fase lútea, a segunda fase de um ciclo menstrual regular, é caracterizada pela atuação adequada do corpo lúteo. Essa estrutura produz progesterona em quantidade normal para dar prosseguimento ao trabalho iniciado pelo estradiol na preparação do endométrio para a gravidez. O trabalho da progesterona faz com que o endométrio se prepare para receber o óvulo fecundado e fazer que a gravidez progrida e evite um abortamento. Caso não haja gravidez, o corpo lúteo involui, e a paciente menstrua.
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Quais as causas de uma fase lútea insuficiente (insuficiência lútea) e consequente produção inadequada de progesterona?
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👉 Hiperprolactinemias (prolactina – PRL alta). A dosagem de PRL deve ser feita pela manhã, em jejum e após 30 minutos de repouso. Na fase folicular nao deve ultrapassar 20 ng/ml e nos ciclos longos, amenorreia ou galactorreia( saída de leite pelos mamilos) nao deve ultrapassar 25ng/ml;
👉 Depressão, estresse;
👉 Exercícios físicos intensos;
👉 Fase folicular encurtada (1ª fase do ciclo);
👉 Ciclos ovulatórios induzidos para a FIV. Ex: a administração de agonistas ou antagonistas de GnRH levando a queda do LH;
👉 Alterações da tireoide e das suprarrenais;
👉 Causas imunológicas;
👉 Obesidade, diabetes doenças debilitantes;
👉 Uso crônico de drogas como anti-inflamatórios, ansiolíticos, antidepressivos, hipotensores, etc;
👉 Puberdade e idade materna avançada.
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O que fazer?
👉 Identificar causas, se possível afastá-las, melhorar o estilo de vida e reposição de progesterona.
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Referência bibliográfica: Manual de Ginecologia Endócrina / Edmund Chada Baracat. – São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).