A mulher com SOP possui um risco 3 vezes maior de apresentar síndrome metabólica (SM) do que a mulher sem a síndrome.
A SM é uma condição patológica caracterizada por hipertensão, glicose elevada, gordura em excesso em volta da cintura e colesterol elevado, implicando em risco aumentado para doença cardíaca, AVC e diabetes.
Os hábitos alimentares são a principal causa da síndrome metabólica e a modificação da dieta representa a maneira mais fácil de obter medidas preventivas para essa condição.
Um estudo de meta-análise atual ( Zhang et al, 2019) mostrou em seus resultados que o tratamento com dieta low carb (baixo teor de carboidratos) em mulheres com SOP melhorou significativamente o índice de massa corpórea (IMC), os níveis de colesterol total e LDL, HOMA-IR (exame para avaliar resistência à insulina), testosterona, FSH (hormônio que estimula a formação de folículos e se encontra alterado em mulheres com SOP , resultando em folículos atrofiados , que não ovulam) e SHBG (proteína que se liga fortemente à testosterona e quando muito baixa, associada à excesso de hormônios androgênicos como a testosterona, contribui para ausência de ovulação, de menstruação, de gravidez e piora da acne).
No entanto, como o controle adequado da ingestão de carboidratos na dieta diária tem efeitos definidos na prevenção e tratamento da síndrome metabólica, as intervenções alimentares representam uma abordagem importante para melhorar os sintomas clínicos associados à fisiopatologia da SOP.
Referência bibliográfica: The Effect of Low Carbohydrate Diet on Polycystic Ovary Syndrome: A Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials.
Zhang X, et al. Int J Endocrinol. 2019