O sangramento uterino anormal e irregular? Pode ser um pólipo!

Pólipo ou polipo é uma pequena tumoração que se forma no interior do útero e pode variar de tamanho e número (pequenos, maiores, únicos ou vários).

Podem evoluir para o câncer e por isso devem ser diagnosticados e tratados (recomenda-se a retirada de todos os pólipos: sintomáticos, ou seja, associados à sangramentos e infertilidade; e os assintomáticos, de qualquer tamanho com fatores de risco para hiperplasia ou câncer endometrial e acima dos 60 anos).

O pólipo ocorre principalmente em mulheres com filhos, em torno de 40 e 50 anos e próximas ou na pós-menopausa (já encontrei em paciente com 30 anos).

O sangramento uterino anormal e irregular é o sintoma mais frequente associado a pólipos endometriais (do interior do útero). Os pólipos cervicais (do colo) também podem sangrar e evoluir para o câncer.

Apesar de controverso, o pólipo pode associar-se à INFERTILIDADE e ABORTOS PRECOCES, provavelmente devido à dificuldade de implantação ou desenvolvimento do embrião na cavidade uterina (assim, considerar sua retirada como parte do tratamento para a infertilidade).

O pólipo é hormônio-dependente, por isso CUIDADO durante uma REPOSIÇÃO HORMONAL, ele poderá crescer durante o tratamento. Portanto, colegas médicos e pacientes, fiquem atentos a um seguimento adequado. A Ultrassonografia transvaginal se presta muito bem para isso.
A ultrasonografía transvaginal seguida de HISTEROSCOPIA (histero= útero e scopia=observação, visualização), portanto, um exame que observa o interior do útero através de espécie de tubo acoplado a um sistema de imagem mostram-se eficazes para o diagnóstico.

A remoção do pólipo por HISTEROSCOPIA CIRÚRGICA é o melhor tratamento.
Por último, os pólipos se associam à idade, obesidade e hipertensão! A adoção de um estilo de vida regado a exercícios físicos, reeducação alimentar, equilíbrio hormonal e gerenciamento do estresse são também uma forma de preveni-los!

Referência bibliográfica: Manual de Orientação Endoscópica Ginecológica. FEBRASGO, 2011.

Terapia combinada de inositóis, antioxidantes e vitaminas em mulheres com SOP

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) associa-se à resistência à insulina, hiperinsulinemia, hiperandrogenismo, estresse oxidativo e diversas complicações que podem ocorrer como infertilidade, doenças cardiovasculares, diabetes, síndrome metabolica, cancer endometrial, etc.

Estudo atual empregando um comprimido, 2 vezes ao dia, durante 12 semanas, contendo a associação de: mio-inositol e d-chiro inositol (600 mg) + picolinato de cromo (200 mcg) + N-acerilcisteina (300 mg) + biotina (5 mg) + 10% de licopeno (5 mg) + ácido fólico (120 mcg) + vitamina D (400 UI).

Apesar do número pequeno de mulheres envolvido no estudo (41 mulheres com SOP, 35 com sobrepeso/obesidade e 16 magras) os pesquisadores conseguiram significante melhora na regularidade menstrual, acne e hirsutismo tanto em mulheres magras, quanto obesas e significante redução do peso e índice de massa corporal (IMC) nas obesas.
• Os sensibilizadores Mio e o D-chiro inisitol (combatem a resistência insulínica, melhorando a sensibilidade à insulina), enquanto que o picolinato de cromo melhora a sensibilidade à insulina e reduz a glicemia de jejum em mulheres com SOP.
• Os antioxidantes N-acetilcisteina e o licopeno também melhoram a sensibilidade à insulina, pois combatem o estresse oxidativo presente em mulheres com SOP (o estresse oxidativo piora a resistência à insulina).
• A vitamina D, notadamente baixa na grande maioria das mulheres com SOP, além de possuir também ação antioxidante, melhora a sensibilidade à insulina e os níveis de hormônios androgênicos em mulheres com SOP.
• O antioxidante licopeno juntamente com o sensibilizador da insulina picolinato de cromo tende a melhorar os níveis de glicemia de jejum em mulheres diabéticas obesas.
• O ácido fólico pode diminuir o risco de defeitos neurológicos resultantes da deficiência de fechamento do tubo neural e facilita a maturação do oócito (futuro óvulo) em mulheres com SOP. Sabe-se que essas mulheres possuem óvulos de pior qualidade. Nuca se automedique !

Referência bibliográfica
Efficacy of combination therapy of inositols, antioxidants and vitamins in obese and non-obese women with polycystic ovary syndrome: an observational study.

O exame de ultrassonografia é útil para o diagnóstico da sop em adolescentes?

O exame NÃO AJUDA MUITO no diagnóstico da SOP na ADOLESCÊNCIA!
De acordo com a Organização Mundial de Saúde ( OMS) o período da adolescência vai dos 10 aos 19 anos.
Neste período, principalmente durante os 2 primeiros anos que se seguem à primeira menstruação ( menarca), ocorrem alterações hormonais fisiológicas na liberação e ação hormonal devido à IMATURIDADE na relação entre estruturas do corpo ligadas à libereção e produção de hormônios: • O HIPOTÁLAMO ( área do corpo que controla a liberação de fatores que influenciarão a liberação das gonadotrofinas FSH e LH. Estas controlam a fabricação de hormônios pelos ovário); • HIPÓFISE ( libera FSH e LH). • OVÁRIOS (liberam estradiol, progesterona e testosterona).
Com a imaturidade do eixo hipotálamo – hipófise-ovário a adolescente, quando comparada à mulher adulta, possui NATURALMENTE MAIS FREQUENTEMENTE ovários com volumes maiores ( acima de 10 cm3) e policísticos sem que isso seja algo patológico, ou seja, os ovários vistos como ovários policísticos ao ultrassom na adolescência, pode normalizar espontaneamente, sem qualquer tratamento, 2 anos após a menarca ou quando acaba a fase de adolescência, após 19 anos.
Este fato pode levar ao diagnóstico errado de SOP na adolescência !Entretanto, atualmente , existem detalhes e algumas condutas que ajudam no diagnóstico da SOP na adolescência e contribuem para um tratamento correto.
Quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento eficazes , menores as chances de futuras complicações.
Referência:
Samanci et al. Apparent diffusion coefficient measurement of ovarian stroma: A potential tool for the diagnosis of polycystic ovary syndrome.Diagn Interv Imaging. 2017.

Diagnosticar SOP na adolescência não é tão fácil assim!

A SOP pode levar a mulher, principalmente a adolescente, à conflitos emocionais provocados pela diminuição da autoestima e autoimagem.
A presença de acne, aumento de pelos (hisurtismo) e obesidade contribuem para conflitos emocionais.
O surgimento da perda de autcontrole e aumento do estresse , passam a ser intensificados devido a preocupação com a fertilidade e tendem a piorar este estado.
Convém lembrar que o diagnóstico da SOP em adolescentes é mais difícil do que na mulher adulta. Isto porque a adolescente, devido à alterações hormonais típicas da idade, podem apresentar atrasos menstruais, acne, pelos e ovários policísticos , sem que a paciente tenha realmente a síndrome dos ovários policísticos ( SOP).
Estas alterações podem desaparecer espontaneamente ao final da adolescência ou continuarem após esta fase confirmando o diagnóstico da SOP.
Para dificultar ainda mais o diagnóstico na adolescência , a presença de distúrbios psíquicos como : anorexia nervosa, bulimia e síndrome depressiva, devem ser afastados , pois podem levar à alterações ovulatórias e confundir o diagnóstico da SOP.
A mulher adolescente com suspeita de SOP deve receber tratamento apropriado, fundamental para evitar um tratamento desnecessário ou pecar pela falta de um tratamento fundamental ( no caso de SOP) para evitar complicações como infertilidade, síndrome metabólica, diabetes e doenças cardiovasculares durante a vida adulta.
Referência bibliográfica:
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/310-sindrome-dos-ovarios-policisticos-na-adolescencia

Por que usar o inositol na SOP?

As mulheres com SOP perdem mais inositol pela urina. Só que o inositol (representado basicamente pelo mio-inositol e D-chiro-inositol) é muito importante para o bom funcionamento de uma enzima chamada PIK3 (enzima importante para a ação da insulina no corpo). Com a insuficiência de inositol, a ação dessa enzima torna-se deficiente, o que leva a uma piora na ação da insulina. Com isso, surge a resistência e toda a fisiopatologia da SOP. O bom é que estudos apontam que a administração de mio-inositol associado ou não a D-Chiro – inositol restaura essa enzima, corrigindo a resistência insulínica. Atualmente, o mio-inositol associado ou não ao D-chiro-inositol pode:

📃 Ser um opção aos contraceptivos orais combinados (COC) para tratamento da SOP (não evita filhos, mas ajuda a combater a irregularidade menstrual e acne a médio / longo prazo, 3 a 6 meses);
📃 Ser um opção à metiformina para o tratamento da SOP (mulheres com intolerância, ou seja, que desenvolve diarreia, náusea, empachamento, mal -estar);
📃 Proporcionar maior efeito protetor da recorrência da deficiência de fechamento do tubo neural em associação com o ácido fólico 1;
📃 Ser capaz de restaurar a ovulação espontânea e melhorar a fertilidade²;
📃 Reduzir o nível d e insulina;
📃 Ser empregado para a prevenção do diabetes gestacional;
📃 Melhorar os parâmetros hormonais 2;
📃 Reduzir o risco cardiovascular ;
📃 Reduzir o peso corporal;
📃 Melhorar a resistência insulínica;
📃 Ser benéfica às mulheres com sobrepeso, uma vez que o mio–inositol restaura a ovulação e o d–chiro reduz a hiperinsulinemia;

‼OBS.: Mio-inositol é um um suplemento e faz parte de um programa de tratamento que requer conduções e avaliações de médico e nutricionista. Nunca faça nada sem orientação profissional!

As mulheres que usam anticoncepcionais hormonais têm maior risco de trombose! – Mito ou verdade?

VERDADE‼ Todo ginecologista antes de indicar contraceptivos hormonais e principalmente contraceptivos orais combinados, deve alertar suas pacientes sobre esse risco. Lembremos sempre às pacientes que fumam ou já tiveram algum episódio de trombose, ou possuem alguma doença (como lúpus), ou alguma alteração sanguínea (trombofilia) que possa levar à trombose, que NÃO podem usar tal medicações.

Qual a incidência de tromboembolismo em mulheres em idade reprodutiva?

Mulheres não usuárias: 5 a cada 100,000 mulheres; Mulheres que usam pílulas de 2ª geração: 15 a cada 100,000 mulheres; Mulheres que usam pílulas de terceira geração: 25 a cada 100,000 mulheres. Entretanto, Metanálise recente mostrou uma incidência de até 3,7 a cada 10.000 mulheres/ano para não usuárias e um risco relativo de 3,5 para as usuárias.
O risco depende do tipo de progestogênio usado e a dose do estrogênio; Mulheres durante a gestação: 56 casos a cada 100,000 mulheres.
Mais uma vez repito: ao prescrever qualquer medicação, nós, médicos, devemos levar sempre em consideração o custo-benefício após avaliarmos a necessidade de uso, indicações, contra-indicações e possíveis efeitos colaterais.

Vejam bem, não estou aqui defendendo ou condenando os anticoncepcionais, e sim a sua indicação racional e baseada em evidências científicas. Além do que, em muitos casos, são armas úteis para o tratamento de muitas pacientes. Até mesmo porque prefiro indicar o DIU de cobre, quando o objetivo for apenas anticoncepção e a paciente não possuir doença ou intercorrência que contra -indiquem o seu uso, ou exija o uso de contraceptivo hormonal como escolha mais adequada.

Fontes: 1. Mayor S. Departament of health changes advice on third genetation pills. BMJ. 1999;318(7190):1026; 2. Manual de Orientação em Anticoncepção. FEBRASGO. 2010.; 3. Stegeman BH et al. Different combined oral contraceptives and the risk of venous thrombosis: systematic review and network metanalysis. BMJ. 2013. Sep 12;347

Terapia hormonal e o risco de câncer de mama

Toda mulher antes de optar por Terapêutica Hormonal (TH) da pós-menopausa deve ser avisada pelo seu(sua) médico(a) que:

  • A associação de câncer de mama e terapêutica hormonal da pós-menopausa (TH) ainda é controversa;
  • Apesar do risco de câncer de mama associado à TH ser pequeno (menos de um caso para cada 1000 mulheres por ano de uso) ele existe;
  • Não há dados suficientes na literatura científica atual que mostrem quais a incidência de câncer de mama entre os diferentes tipos de hormônios (estrogênios, progestogênios e androgênios) e suas respectivas doses e vias de administração (entretanto, há evidências de diferenças de efeitos sobre o risco entre os diferentes tipos de hormônios);
  • Aumento discreto de risco de câncer de mama existe tanto para as usuárias com uso de estrogênios isolados quanto para as que usam a associação de estrogênios e progestogênios;
  • Ainda não existem estudos randomizados que tenham avaliado todas as composições hormonais existentes no mercado (houve modernização nas composições e via de administração) desde o grande estudo WHI (que comprovou a associação entre TH na pós menopausa e câncer de mama).
  • Todas as mulheres um dia chegarão à menopausa ou possuem no momento irmãs, mães, avós, amigas ou colegas que já chegaram a essa fase da vida da mulher.
  • É importante que todas tenham consciência de que quanto mais cedo estiverem integradas a um estilo de vida saudável (boa educação alimentar, exercícios físicos bem orientados e ausência de vícios), mais se beneficiarão evitando sintomas indesejáveis na menopausa, independente se precisarão ou não de TH.

Outro ponto importante é que seja sempre acompanhada por ginecologista que, antes de decidir iniciar a TH, esclareça sobre seus riscos. Por incrível que pareça, muitos nem tocam no assunto e apenas prescrevem a TH, privando a paciente do direito a esse esclarecimento. Está aí uma ótima situação para avaliar não somente a capacidade técnica de seu médico, mas também seu comportamento humanístico e ético.

Referência: Consenso de terapia hormonal e câncer de mama. Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC). Sociedade Brasileira de Mastologia. Rio de Janeiro. 1º Edição. 2013

Melatonina – Tratamento da dor da endometriose

A melatonina é um hormônio que nós produzimos e que pode ser comprado em forma de suplemento. Ele demonstra ser eficaz no controle da dor associada à ENDOMETRIOSE através de sua ação analgésica, anti-inflamatória e antioxidante conforme estudo brasileiro envolvendo mulheres.

Infelizmente, a melatonina não pode ser comercializada dentro do Brasil. Provavelmente devido ao “PERIGO” de se tornar uma substituta de remédios para dormir (todos sabem seus nomes), uma vez que também melhora o sono, e com isso traria prejuízo à indústria farmacêutica, detentora das patentes das drogas ” fazedoras” de sono e que viciam a população.

Entretanto, qualquer brasileiro pode importar a melatonina para consumo próprio, sob prescrição médica, através de diversas empresas que realizam este serviço. Tudo dentro da lei.

Acho excelente opção para o tratamento da dor associada à endometriose. Além disso , nada impede que a melatonina possa ser prescrita em associação a outros tratamentos convencionais ou naturais como o ômega 3.

O que não se pode admitir é que uma mulher perca completamente a sua qualidade de vida após infrutíferas tentativas com anticoncepcionais ou drogas que levam à uma verdadeira menopausa precoce , ou cirurgias sem fim , somente porque seu médico não sabe que existem outros tipos de tratamento para esta doença ou tem medo de ser criticado por colegas ou sociedades médicas.

Não doutor, não tenha medo. Use estudos científicos para explicar que a melatonina pode ajudar!

Referências bibliográficas
Schwertner A, Conceicao dos Santos C, Costa G, et al. (2013, June). Efficacy of melatonin in the treatment of placebo endometriosis: A phase II, randomized, double-blind, placebo controlled trial. PAIN 2013;154(6):874-881.
Hoperman et al. Serum polynsatured fatty acids and endometriosis. Reproduzir Sci. 2014 Dec 23.

Síndrome do Ovário Policístico e a vitamina D

Atualmente já há uma certa noção, em boa parte dos profissionais de saúde, sobre a importância da vitamina D para a profilaxia da osteopenia e osteoporose, assim como na prevenção do câncer de mama, diabetes tipo 2, hipertensão, Parkinson, Alzheimer , entre outras doenças.

Contudo, você sabia que a deficiência de Vitamina D está presente também na síndrome dos ovários policísticos (SOP)?

Pois é, está aí mais uma razão para avaliar periodicamente seus níveis de Vitamina D e suplementá- la sob orientação de um bom profissional especialista em tratamento nutricional.
THOMSON et al.(2012), estimam que 67 a 85% das mulheres com SOP possuem deficiência dessa vitamina
( quando seu exame mostra < 20 ng/ml.)

A deficiência de vitamina D pode levar levar à resistência insulínica (a insulina não é capaz de cumprir a sua função, sobrando no sangue, estágio chamado de hiperinsulinemia, levando ao aparecimento de SOP e suas complicações) e que menores níveis dessa vitamina levam à obesidade, distúrbios menstruais, excesso de hormônios masculinos. Estes últimos responsáveis por acne, seborréia, queda de cabelo e pêlos em áreas pouco frequentes na mulher como face, tórax, em volta dos mamilos e barriga, situação chamada de hirsutismo, abortamentos e doenças cardiovasculares! ( THOMSON et al., 2012).

O outro lado também é verdadeiro. A suplementação de vitamina D pode combater os distúrbios metabólicos, melhorar o ciclo menstrual e a restabelecer a fertilidade (LERCHBAUM e OBERMAYER., 2012)

Dieta sem glúten é uma boa escolha para quem tem endometriose?

Uma dieta livre de glúten é benéfica apenas para quem tem doença celíaca?
Uma paciente com endometriose e sem doença celíaca poderia beneficiar-se da dieta sem glúten?

Pesquisadores acreditando que o glúten pode aumentar a produção de CITOCINAS INFLAMATÓRIAS (substâncias capazes de piorar a endometriose), conduziram um estudo envolvendo 300 mulheres com endometriose profunda. Durante 6 meses, 150 dessas pacientes foram submetidas ao tratamento com dienogeste 2 mg + dieta sem glúten. Outras 150 usaram o dienogest 2 mg + dieta com glúten.

Adivinhem qual o grupo que apresentou MELHORA estatisticamente significante da dor pélvica?

Acertou quem apontou o grupo que adotou a dieta SEM GLÚTEN!
Atenção, enquanto muitos acham que a dieta sem glúten só é importante para quem tem doença celíaca, diversos estudos vêm mostrando que é perda de tempo não adotar essa dieta para as mulheres com fortes dores pélvicas associadas à endometriose. Primeiro, porque quem adotar esse tipo de dieta se baseará em evidências científicas e não em “achismos”. Segundo, porque o glúten não é elemento essencial à saúde humana (ninguém adoece se deixar de comer glúten!). Ele pode facilmente (com boa orientação nutricional) ser substituído por opções mais saudáveis, sem prejudicar a ingesta calórica ou o objetivo nutricional de cada paciente. Sob orientação profissional competente (médico e nutricionista funcional), garanto que ninguém morrerá se não comer glúten!
Caro colega médico, você poderá surpreender-se com os resultados de uma dieta sem glúten para sua paciente!

Na dúvida, diante de uma paciente com endometriose e dor pélvica, acredito que a retirada do glúten da dieta já a partir de 6 meses, ou até menos, poderá trazer resultados extremamente positivos! Caso não haja melhora após 6 meses, o glúten pode voltar para o cardápio!
OBS: só não vale esconder que anda comendo sua pizza, pãozinho francês ou biscoitos e cobrar resultados de seus médico e nutricionista, ok?!

Fonte : Marziali M, et al. J Minim Invasive Gynecol. 2015 Nov-Dec